PROGRAMA SANGUE TOTAL DA SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE CHEGA A BLUMENAU

Após quase dois anos da implantação na Grande Florianópolis, o Programa de Transfusão Pré-Hospitalar de Sangue Total em Santa Catarina será ampliado para a região do Vale do Itajaí. Resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde e o Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiro Militar de Santa Catarina (CBMSC).

sANGUE

"Esse é um programa que já temos na região de Grande Florianópolis e é fundamental para a  região de Blumenau, em especial para os grandes traumas, para os pacientes que no desastre, na intercorrência, perdem volume sanguíneo. A reposição salva vidas, então a gente, mais uma vez, quer agradecer a nossa equipe do SAMU Santa Catarina, junto com todas as forças, a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, que fazem essa grande rede de atendimento das urgências e emergências do nosso estado”, declara a secretária Carmen Zanotto. 

“Não é só Blumenau que irá se beneficiar com o projeto, mas pelo menos 42 municípios da região, fora as demais localidades que conseguimos atender com o helicóptero. Nos que fazemos atendimentos pré-hospitalares, comprovamos a eficácia do Sangue Total, na sobrevida e na melhora dos pacientes na cena. Isso significa um tratamento de ponta. Por isso, a ideia é expandir este projeto cada vez mais”, ressalta Marcos Fonseca, Superintendente de Urgência e Emergência, representando o governador e a secretária.

Para Euseli Batista, coordenadora técnica do aeromédico e uma das idealizadoras do projeto, Santa Catarina é um exemplo para o mundo. “O Projeto Sangue total só existe em quatro países. Nos Estados Unidos, na Noruega, em Israel e aqui no Brasil. Além disso, o HEMOSC do nosso estado é considerado o melhor do país, pois atende requisitos internacionais para poder participar do projeto”.

“Há uma grande importância do Sangue Total, principalmente em vítimas de traumas graves como acidentes de trânsito, quando há muita perda de sangue. Antes, as equipes dispunham apenas de soro para manter a pressão arterial. Agora, com as bolsas de sangue, há um grande aumento das chances de sobrevida no transporte até o hospital”, comenta o major Hugo Manfrin Dallossi, comandante interino do Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina. De acordo com ele, houve investimento para armazenagem do sangue e treinamento na base em Blumenau. As aeronaves passam a transportar duas bolsas de sangue para realizar os atendimentos, quando necessário.

 

Hangar

De acordo com a diretora-geral do HEMOSC, Patrícia Carsten, a ampliação do programa marca o fortalecimento de uma ação pioneira. “Estamos felizes em expandir para outra região de Santa Catarina o Programa de Transfusão Pré-Hospitalar de Sangue Total. Esse é um projeto que, graças aos seus excelentes resultados, se tornou um programa inovador que nos dá grande orgulho, porque reúne a capacidade técnica do HEMOSC com nossa missão de salvar vidas com parceiros como BOA e SAMU Aeromédico, que levam as bolsas onde os pacientes estão”, afirma.

Desde que foi lançado, o Programa Sangue Total já atendeu 41 ocorrências em Santa Catarina. A parceria prevê que as bolsas de sangue total fiquem armazenadas na base do Serviço Aeromédico do SAMU e Batalhão de Operações Aéreas. Quando há necessidade de transfusão, são transportadas nas aeronaves “Arcanjos” do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, operadas em parceria com o SAMU Aeromédico para uso nos atendimentos de extrema urgência ou durante o transporte dos pacientes para o hospital. Todo o processo é acompanhamento pelo médico e enfermeiro responsáveis pelo atendimento e todos os procedimentos são registrados e controlados, seguindo critérios de segurança e de legislação.

Santa Catarina é pioneira neste projeto no Brasil, que contou com o apoio técnico do médico norte-americano Mark Yazer, da Universidade de Pittsburgh (EUA). Ele orientou os profissionais das unidades envolvidas durante o projeto de pesquisa e desenvolvimento. Todos os processos foram validados, há protocolos escritos, equipes treinadas, os requisitos de qualidade são seguidos rigorosamente, como rastreabilidade e a qualidade do sangue, controle de temperatura, entre outros, tanto que há autorização da Vigilância Sanitária.

O Termo de Cooperação Técnica foi assinado em julho de 2022 entre o Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros Militar, o SAMU Aeromédico, o HEMOSC, a FAHECE e a SES.

Daniela Melo

Assessoria de Comunicação

SAMU Santa Catarina