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Trotes para SAMU SC aumentam 45% e afetam o atendimento

Durante o primeiro semestre de 2023, a Central de Regulação de Emergência (CRU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebeu 13.800 ligações classificadas como falsas emergências. Se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 9.509, houve um aumento de 45%. As cidades que mais registraram os trotes foram Joinville, Blumenau e Florianópolis.

Os números confirmam que os trotes ainda são uma realidade na central de atendimento do 192. O trote pode parecer uma brincadeira para algumas pessoas, mas pode custar a vida de um ser humano, além de prejudicar o trabalho dos técnicos de auxiliares de regulação médica, que realizam o atendimento das ligações do SAMU. Congestionar a linha telefônica ou encaminhar uma ambulância para uma falsa solicitação de emergência, diminui o recurso disponível e atrasa o socorro a quem de fato precisa.

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Para evitar essa situação, os operadores da Central de Regulação de Urgência são treinados e, com a experiência, passam a perceber os indícios de um trote. “Os técnicos auxiliares de regulação médica conseguem identificar os telefonemas falsos e impedir que chegue até a mesa do médico regulador. Mas existem casos que acabam passando do primeiro filtro e o prejuízo é ainda maior. Quando uma viatura vai para um atendimento falso deixamos de prestar socorro para quem realmente precisa”, explica Dionísio Medeiros, diretor Atendimento Pré-Hospitalar (APH) móvel.

Passar trotes aos serviços de emergência é um crime previsto pelo artigo 266, do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção. Além disso, crianças e adolescentes também podem ser punidos. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse tipo de ligação é um ato infracional gravíssimo e quem o comete deve ser encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas.

EducaSAMU

Entre as medidas para diminuir os trotes existe o programa EducaSAMU, que já contemplou mais de 11,5 mil alunos, de 108 instituições, só este ano. O programa possui pedagogas nas oito macrorregiões de saúde, as quais realizam visitas nas escolas palestrando sobre os riscos do trote, acionamento correto do SAMU ao 192, e sinais iniciais de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

A diretora Geral do SAMU/Fahece, Carla Birolo Ferreira, reforça sobre a importância de levar o projeto EducaSAMU para as crianças. “É uma forma de entenderem o dano que poderá causar às pessoas que estão precisando do atendimento, quando se ocupa uma linha para fazer o trote. A educação é uma forma de reduzir danos a sociedade”.

Aviso de Pauta: SAMU inaugura ampliação da Unidade de Suporte Avançado de Mafra

 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) inaugura nesta sexta-feira, 14 de julho, a nova Unidade de Suporte Avançado (USA) de Mafra. Com investimento de cerca de R$ 200 mil, a base passou por melhorias de infraestrutura e mobiliário, além de adequações para atender aos novos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde.

Estarão presentes na ocasião a secretária de Estado da Saúde Carmen Zanotto, o diretor do Atendimento Pré-Hospitalar (APH) Móvel, Dionísio Cezar Medeiros, e a diretora do SAMU/FAHECE, Carla Birolo Ferreira.

Mafra faz parte da macrorregião Norte/Nordeste do SAMU em Santa Catarina, que conta ainda com duas Unidades de Suporte Avançado em Joinville, uma em Jaraguá do Sul e outra em Canoinhas. A segunda ambulância de Joinville foi entregue em fevereiro deste ano – na mesma data, também foi inaugurado o novo endereço da base do SAMU/USA no município, o que assegurou aumento dos atendimentos e redução no tempo de resposta às ocorrências na região.

SERVIÇO

O QUÊ: Inauguração da adequação da USA de Mafra

QUANDO: Sexta-feira, 14 de julho, às 10h

ONDE: Rua Quinze de Novembro, 267 – Centro de Mafra

SAMU SC é pioneiro em reciclagem de uniformes no Brasil

Criado pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Santa Catarina (SAMU/SC), o projeto “Descarte Sustentável de Uniformes do SAMU”, pioneiro no país, já foi responsável pela produção de mais de 150 itens, entre sacolas ecológicas, bolsas, necessaires, estojos, niqueleiras, aventais e lancheiras. Elaborado em 2021, o projeto veio da necessidade de reduzir os desperdícios, fomentar a sustentabilidade e dar um destino correto aos uniformes que não tinham mais condições de uso.

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Fotos: Gabriela Ressel Ascom/SES/SC

 

Os produtos são confeccionados e vendidos pela Organização Não Governamental Irmandade Divino Espírito Santo, localizada no centro de Florianópolis. A renda gerada com a venda das peças beneficia famílias, cujas costureiras atuam na ONG. “O projeto começou na pandemia e são poucas as costureiras que fazem as peças. Por isso, precisamos de mais parceiros para continuar realizando o reaproveitamento dos uniformes e expandido cada vez mais esse trabalho tão importante, pois a intenção é que os materiais possam ser revertidos para utilização dos funcionários do SAMU também ”, explica Carine Blomberg, técnica de enfermagem e uma das criadoras do projeto.

O SAMU possui bastante uniformes em condições de desuso. O projeto evita que as sobras acabem em aterros sanitários ou sejam incineradas - processo adotado por muitas empresas, que aplicam essa forma de descarte por questões de segurança, com o intuito de impedir o reaproveitamento dos uniformes.

“Ao longo da cadeia produtiva têxtil, os impactos ambientais envolvem contaminação do solo, consumo de água e energia, emissões atmosféricas de poluentes e resíduos sólidos. Cada peça produzida, inevitavelmente, gera aparas e retalhos que são descartados no lixo comum”, destaca Carine.

Se antes as empresas descartavam seus retalhos de qualquer jeito, hoje são amparadas pela Política Nacional dos Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, que trabalha com a reciclagem de uniforme que iria para o lixo. “Uma nova geração de designers vem surgindo encarando novas formas de criar, seja com materiais de desuso ou criando para gerar menos desperdício”, acredita Carine. Para ela novos negócios estão surgindo e quebrando paradigmas da moda, não só como beleza e proteção, mas também como instrumento de transformação.

Atualmente, o projeto está buscando novas parcerias para aumentar o número de peças produzidas, levando a marca SAMU para os lares dos cidadãos, fortalecendo a sustentabilidade e continuar beneficiando as pessoas envolvidas no processo de confecção e venda dos itens.

Adquira você também

A Organização Não Governamental Irmandade Divino Espírito Santo confecciona as sacolas ecológicas, bolsas, necessaires, estojos, niqueleiras, aventais e lancheiras com os tecidos dos uniformes que estão em desuso doados pelo SAMU. Há peças com e outras sem a logomarca do SAMU para a venda. Pessoas interessadas em adquiri-las devem procurar a ONG, localizada à rua Emílio Blum, 124, no centro de Florianópolis, próximo à Praça dos Bombeiros.

Os servidores da Secretaria de Estado da Saúde (SES) podem adquirir os itens solicitando à técnica de enfermagem Carine Blomberg, que atua na Superintendência de Urgência e Emergência (SUE), localizado no Anexo I. O telefone de contato é o (48) 3664-7224. 

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A técnica de enfermagem Carine Blomberg, uma das criadoras do projeto.

 

SAMU realiza mais de 189 mil atendimentos no primeiro semestre de 2023

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Santa Catarina registrou um total de 189.843 ocorrências atendidas, entre os períodos de 1º de janeiro a 26 de junho. O relatório da Superintendência de Urgência e Emergência (SUE) apontou que dessas ocorrências, 92.743 demandaram o envio de veículos, incluindo Unidades de Suporte Básico, Avançada e a aeronave Arcanjo. Já os atendimentos que envolveram apenas orientação médica por telefone totalizaram 97.100.

SAMU realiza mais de 189 mil atendimentos no primeiro semestre de 2023

 

As regiões que concentraram o maior número de atendimentos nos últimos seis meses foram Florianópolis, com mais de 37 mil ocorrências, Joinville, com mais de 34 mil, Blumenau, com mais de 29 mil, e Criciúma, com mais de 27 mil. Desde o início das atividades em 2005, o SAMU tem se dedicado a prestar atendimento pré-hospitalar de urgência com excelência, cobrindo 100% da população do estado e oferecendo um serviço gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Atualmente, o SAMU de Santa Catarina conta com 26 Unidades de Suporte Avançado (USAs/UTI móvel), 95 Unidades de Suporte Básico (USBs), 2 helicópteros e 2 aeronaves de asas fixas.

O atendimento do SAMU tem início a partir do chamado telefônico feito para o número 192, no qual são fornecidas orientações sobre as primeiras ações a serem tomadas. A ligação é gratuita e está disponível 24 horas por dia, todos os dias da semana, para telefones fixos e móveis. Os técnicos de atendimento identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre os pacientes e sua localização. O SAMU atende situações de urgência que abrangem casos clínicos, cirúrgicos, traumáticos, obstétricos, pediátricos, psiquiátricos, entre outros que possam resultar em sofrimento, sequelas ou até mesmo morte.

 

 

Samu de Governador Celso Ramos conquista habilitação federal

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) de Governador Celso Ramos recebeu a habilitação do Ministério da Saúde. O reconhecimento ocorreu após a comprovação dos avanços do serviço prestado pelas equipes do município. O Termo de Habilitação foi entregue pelo diretor do Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (APH-Móvel) de SC, Dionísio Cézar Medeiros, representando a Secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, ao prefeito do município, Marcos Henrique da Silva, e ao Coordenador do SAMU da região, Alessandro Targino Jorge, nesta quinta -feira. 

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O documento possui indicadores que foram avaliados em um período de 90 dias. Com essa iniciativa, o SAMU de Governador Celso Ramos poderá ampliar e qualificar ainda mais o serviço, assegurando uma assistência médica especializada à população.

Desde a instalação da base em novembro de 2022 até os dias de hoje, foram realizados 445 atendimentos aos moradores e visitantes. "Este apoio financeiro manterá o excelente padrão de atendimento, pois as equipes terão à disposição os materiais, insumos, medicamentos e equipamentos necessários para garantir a qualidade em salvar vidas", ressalta Dionísio Medeiros.

O diretor explica que, para conseguir essa habilitação, foi necessário comprovar, por meio de indicadores de atendimento, a efetiva funcionalidade do serviço. Os laudos técnicos apontaram que os equipamentos médicos disponíveis na ambulância estão em pleno funcionamento, sendo eficazes em sua utilização durante as ocorrências.

Fluxo de pacientes socorridos pelo SAMU ou pelo Corpo de Bombeiros organiza encaminhamento para rede particular

Em Santa Catarina, os pacientes podem optar pelo encaminhamento à rede particular quando socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ou pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC). A regra é definida por legislação e o tema tem sido debatido entre os dois órgãos.

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Em reunião entre o superintendente de Urgência e Emergência da Secretaria de Estado da Saúde (SUE), Sandro Fonseca, e o Subcomandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Coronel Renaldo Onofre Laureano Junior, foram discutidas ações para o aprimoramento desse fluxo.

Uma das medidas debatidas foi a intensificação da conscientização das equipes das Centrais de Regulação de Urgência, do SAMU e do CBMSC por meio de capacitações, garantindo que o direito de escolha seja oferecido a toda a população.

"Ao respeitar a lei, os hospitais públicos terão sua carga aliviada. Além disso, existem pessoas atendidas pelo serviço público que possuem plano de saúde ou que apenas preferem ser atendidas em um hospital particular", enfatiza Sandro Fonseca.

De acordo com a Lei 17.700/2019, os pacientes tem o direito de optar pelo encaminhamento aos hospitais particulares quando são socorridos pelas redes de urgência públicas. Para exercer esse direito, o paciente deve estar consciente e assinar um termo de consentimento, podendo contar com a participação de acompanhantes ou responsáveis na decisão.

Antes de encaminhar o paciente para um hospital particular, a Central de Regulação de Urgências avalia as condições do paciente e a disponibilidade de vagas no hospital privado referenciado. É importante ressaltar que o Estado não tem nenhuma responsabilidade financeira ao levar o paciente ao hospital particular.